As vendas do comércio varejista da capital paulista recuaram 5,5% em fevereiro na comparação com o mesmo mês do ano passado, ao totalizarem R$ 11,6 bilhões de faturamento. Segundo a FecomercioSP, das nove atividades pesquisadas, três apresentaram quedas expressivas no período: setor vestuário, tecidos e calçados (-26,1%), lojas de móveis e decoração (-22,5%) e concessionárias de veículos (-14,4%). Por outro lado, o setor de supermercados registrou expansão de 1,5% na comparação com fevereiro de 2014.
Na passagem de janeiro para fevereiro, a queda nas vendas foi de 8,1%. No primeiro bimestre de 2015, a retração acumulada chega a 7,4%. O resultado de fevereiro levou a uma revisão para baixo das estimativas da FecomercioSP para o resultado final das vendas do varejo na cidade de São Paulo em 2015. A estimativa passou de queda de cerca de 3% para uma retração de até 6%. “A cidade de São Paulo sofre com a fragilidade prolongada da atividade industrial – que paga rendimentos médios maiores – e a consequente deterioração dos indicadores de renda e de emprego, o que resulta na baixa generalizada do crédito”, diz a instituição, em nota.
Vendas no Estado
Em fevereiro, o faturamento do varejo no Estado de São Paulo ficou em R$ 38,5 bilhões, uma queda de 5,7% na comparação com o mesmo mês de 2014, completando, assim, 12 meses consecutivos de resultados negativos. Oito das nove atividades pesquisadas apresentaram recuos no período, com destaque para as concessionárias de veículos (-20,8%), lojas de móveis e decoração (-18%), setor de vestuário, tecidos e calçados (-13,8%), e autopeças e acessórios (-11,6%).
“O forte recuo apresentado nas vendas de vestuário, tecidos e calçados aponta que o esforço do comércio varejista em recuperar a receita por meio de liquidações e promoções não causou efeito positivo”, diz a FecomercioSP. A entidade destaca ainda que o desempenho fraco do setor de supermercados (-0,1%) em fevereiro também preocupa, devido ao peso do segmento. A nova estimativa para as vendas do varejo no Estado em 2015 são de queda de 5%.