Com a estabilidade das estimativas para o dólar, o Relatório de Mercado Focus, divulgado na manhã desta segunda-feira, 01, pelo Banco Central, voltou a mostrar alívio das projeções para o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de 2015. A mediana das expectativas para o índice passou de 6,97% para 6,87% – há um mês a previsão era de 7,06%.
Já no caso do IGP-DI, a estimativa de alta de 7,03% para o encerramento deste ano foi mantida. Quatro semanas atrás, a mediana das previsões estava em 7,04%. Para 2016, a perspectiva de alta de 5,50% segue pela 43ª semana consecutiva tanto para o IGP-M quanto para o IGP-DI.
Sobre o IPC-Fipe, que mede a inflação para as famílias de São Paulo, no entanto, as estimativas para 2015 passaram de 8,33% para 8,17%. Um mês antes, a mediana das projeções do mercado para o IPC era de 7,85%. Para 2016, a previsão para a inflação de São Paulo foi mantida em 5,10% de uma semana para outra. Há quatro semanas estava em 5,15%.
Preços administrados
Mais uma rodada de alta das previsões do mercado financeiro para a alta dos preços administrados em 2015. A mediana das estimativas passaram de 13,70% para 13,90%, segundo BC. Há um mês, a mediana para esse conjunto de itens estava em 13,05%.
Para 2016, a expectativa no boletim Focus apresentada hoje trouxe uma surpresa: a expectativa para a pressão para a inflação desse conjunto de itens está um pouco menor. A mediana das estimativas passou de 5,84% para 5,80%. Há quatro semanas também estava em 5,76%.
Segundo a mais recente ata do Comitê de Política Monetária (Copom), a alta dos preços administrados em 2015 será de 11,8%, e não mais de 10,7% como no documento anterior. No caso de 2016, a previsão de elevação de 5,2% desse conjunto de preços foi substituída por uma expansão de 5,3%. Essa previsão para os administrados deste ano leva em conta uma alta de 38,3% na tarifa de energia elétrica, mesma expectativa do ata anterior. No caso de telefonia fixa a previsão da diretoria do BC é de uma queda de 4,1% em 2015, mesmo valor considerado no Copom anterior.
Para formar seu cenário para os preços administrados, o BC informou também que levou em conta a hipótese de elevação de 9,8% no preço da gasolina (ante 8% de março) e de alta de 1,9% no preço do botijão de gás (3,2% era a estimativa anterior). Estas estimativas do BC devem ser atualizadas no documento a ser divulgado na quinta-feira da semana que vem, depois que o Comitê de Política Monetária (Copom) definir esta semana o rumo da taxa básica de juros.