A greve dos trabalhadores da Eletrobras, deflagrada no início do mês, vai atrasar a retomada da operação da usina nuclear Angra 1, no litoral sul do Rio, parada desde maio para manutenção. A previsão era que a usina retomasse a produção no dia 19, mas agora a retomada só será possível dez dias após o fim do movimento grevista dos trabalhadores. Uma assembleia está marcada para sexta-feira, 19.
“A greve pegou a parada de Angra 1 no meio. Na verdade, não houve grande impacto, alguns dias de atraso por causa da greve. Estamos aguardando ansiosamente chegar a um acordo”, afirmou o diretor de planejamento e gestão da Eletrobras Eletronuclear, Leonam Guimarães, em seminário sobre o setor de geração nuclear, no Rio.
Angra 1, responsável pela geração de cerca de 650 megawatt/hora, estava parada desde 7 de maio, com previsão de retomada nesta sexta-feira. O prazo já havia sido adiado para o próximo dia 25, mas ainda depende do término da greve. Por razões técnicas, a retomada das operações demanda um prazo mínimo de dez dias, segundo o diretor.
Os trabalhadores do Sistema Eletrobras estão em greve desde o dia 1º. Eles reivindicam o pagamento de Participação nos Lucros e Resultados (PLR), apesar de a companhia ter registrado prejuízo no último ano. Os trabalhadores argumentam que, como ocorreu com a Petrobras, têm direito ao pagamento por terem cumprido as metas operacionais da companhia.