Economia

BC aproveita janela de oportunidade e reduz a 70% rolagem de swaps

O Banco Central esperou apenas a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), nesta quarta-feira, 17, para reduzir ainda mais a rolagem dos contratos de swap que vencem em julho. Após o dólar chegar aos R$ 3,0610 no balcão brasileiro com a decisão do Fed, o BC aproveitou a janela de oportunidade aberta e anunciou a redução do leilão de swaps amanhã. Essa possibilidade havia sido levantada pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, após o anúncio do Fed. Foi o segundo corte nos leilões neste mês.

À tarde, embora tenha reforçado a ideia de elevação de juros nos EUA ainda em 2015, o Fed sugeriu por meio de projeções que, quando vier, o aperto ocorrerá em doses homeopáticas. Isso fez o dólar recuar em todo o mundo e, no Brasil, encerrar no menor patamar desde 21 de maio.

Com o alívio nas cotações, o Banco Central reduziu de 6,3 mil contratos (US$ 315 milhões) para 5,2 mil contratos (US$ 260 milhões) o montante a ser oferecido no leilão desta quinta-feira, 18, para rolagem dos swaps de julho. Se mantiver esse ritmo até o fim do mês, 122.100 contratos (US$ 6,105 bilhões) serão rolados, dos 174.840 contratos (US$ 8,742 bilhões) que estão para vencer. Isso corresponde a cerca de 70% do total. O restante – 52.740 contratos (US$ 2,637 bilhões, ou 30%) – será recolhido do sistema. Na semana passada, o BC já havia reduzido a oferta de rolagem, de 7 mil contratos diários (US$ 350 milhões) para 6,3 mil (US$ 315 milhões).

O mercado financeiro tende a se ajustar ao leilão de apenas 5,2 mil contratos por dia a partir de amanhã. Como o dólar também recuou para patamares considerados baixos nesta quarta-feira, o viés principal para a quinta-feira é de alta para o dólar ante o real.

Até o fim do mês, porém, a ansiedade deve aumentar novamente, com investidores à espera dos detalhes sobre a rolagem seguinte: o BC manterá o parâmetro de 70% na rolagem? Em agosto, estão programados para vencer 213.500 contratos (US$ 10,675 bilhões), mais que o visto no caso de julho.

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