Economia

Ibovespa sobe mais de 2% e tem maior nível desde 28 de novembro

A Bovespa finalmente desencantou e conseguiu nesta quarta-feira, 1, romper o patamar de 52 mil pontos, com o qual vinha flertando há várias sessões. Terminou, assim, no maior nível desde o início de dezembro, com uma valorização superior a 2% puxada por ganhos generalizados entre as ações do principal índice à vista. Petrobras, entretanto, foi um dos destaques, com ação de estrangeiro firme na ponta compradora, içando o papel para o preço de R$ 10.

O Ibovespa terminou o dia em alta de 2,29%, aos 52.321,76 pontos. Este é o maior nível desde 28 de novembro (54.664,36 pontos) e a primeira vez que a Bovespa fecha nos 52 mil pontos neste ano. Na mínima, marcou 51.186 pontos (+0,07%) e, na máxima, 52.613 pontos (+2,85%). No ano até hoje, acumula alta de 4,63%. O giro financeiro totalizou R$ 8,064 bilhões.

Profissionais comentaram que a ação do investidor estrangeiro esteve presente sobretudo nos papéis da estatal, mesmo que não tenha havido uma única justificativa forte para a puxada. A virada do trimestre, o ambiente político mais ameno, a alta do petróleo, a queda do dólar e a possibilidade de o balanço auditado sair este mês são algumas das explicações para o desempenho das ações da empresa, que terminaram em +5,22% a ON e +4,93% a PN.

A presidente Dilma Rousseff disse que os problemas da estatal devem ser resolvidos neste mês, ao ser questionada em entrevista pela Bloomberg sobre o balanço da empresa, e o mercado interpretou que os números devem mesmo ser conhecidos este mês. Mas isso não trouxe novidades, já que essa é a expectativa antiga do mercado. Além disso, a estatal conseguiu fechar um empréstimo de US$ 3,5 bilhões com um banco chinês, o que não chegou a fazer preço, mas foi uma boa notícia. No exterior, hoje, o preço do petróleo terminou em US$ 50,09, em alta de 5,23%, o maior avanço num dia desde 3 de fevereiro.

O valor de US$ 50 também é um número emblemático para a Vale e uma razão para as ações recuarem mais de 2%. O preço do minério de ferro despencou 3,9% no mercado à vista chinês e foi a US$ 49 a tonelada, renovando o valor mínimo desde o fim de 2008, quando teve início a série histórica dos preços spot no porto de Tianjin, na China, após o fim da supremacia dos contratos de precificação anuais (benchmark). Neste ano o preço já acumula queda de 31,2%. Vale ON caiu 2,23% e Vale PNA teve baixa de 2,85%.

No setor financeiro, Bradesco PN avançou 3,17%, Itaú Unibanco PN, 3,40%, BB ON, 3,75%, e Santander unit, 4,26%.

Nos EUA, as bolsas terminaram em baixa, influenciadas pelos dados da ADP. Houve a criação de 189 mil vagas em março, ante previsão de aumento de 225 mil postos de trabalho. O Dow Jones terminou em baixa de 0,44%, aos 17.698,18 pontos, o S&P teve queda de 0,40%, aos 2.059,69 pontos, e o Nasdaq recuou 0,42%, aos 4.880,23 pontos.

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