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Arsesp deve decidir sobre mudanças na estrutura tarifária da Sabesp, diz Kelman

O presidente da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Jerson Kelman, afirmou nesta quarta-feira, 17, e que a empresa está estudando diversos pontos relativos à estrutura das tarifas, mas que cabe à Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) decidir sobre o assunto.

“Se ocorrer uma mudança, o bom senso diz que isso deve acontecer ao longo de vários anos”, disse Kelman, durante palestra no 27º Encontro Técnico AESabesp – Fenasan. Segundo o executivo, há a possibilidade de coincidência entre os processos de revisão tarifária e mudança na estruturação, mas ressaltou que a decisão final sobre esses assuntos é do órgão regulador.

Um dos temas relativos à estruturação, segundo Kelman, é a divisão entre categorias tarifárias. “Devemos continuar assumindo que o metro cúbico de água para a indústria, comércio e setor público seja muito mais caro que para o consumidor residencial? Eu, pessoalmente, acho que não, acho que devemos fazer uma conversão lenta”, disse o executivo. “Conceitualmente, não importa quem vai usar o metro cúbico de água, mas uma mudança desta pode ter riscos. É um tema a ser debatido.”

Kelman ainda citou a questão das tarifas sociais e da ampliação da base de consumidores que recebe este benefício, com discussões sobre como subsidiar esta tarifa. Outros pontos de discussão seriam os blocos de consumo e as regiões tarifárias, com debates sobre a possibilidade de adoção de tarifas sazonais para regiões com população flutuante.

Uma outra questão a ser discutida é a aproximação entre tarifas entre custos de referência. “Não faz sentido que o preço da água seja igual ao do esgoto, se o esgoto é mais caro. Talvez seja preferível ter um custo de saneamento, sem diferenciação”, ponderou Kelman.

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