O dólar começou a semana em alta generalizada ante as demais moedas, rompendo nesta segunda-feira, 13, a marca de R$ 3,10 ante o real, numa sessão doméstica marcada pela baixa liquidez. Os juros futuros, amparados no movimento do câmbio, também subiram, na direção contrária à trajetória do rendimento dos títulos do Tesouro norte-americano.
O dólar à vista terminou em alta de 1,07% no balcão, cotado em R$ 3,1200. Oscilou da mínima de R$ 3,085 (-0,06%) à máxima de R$ 3,126 (+1,26%). O giro no mercado à vista era de US$ 975 milhões, pouco depois das 16h30. O dólar maio neste horário estava em R$ 3,137, em alta de 1,41%.
A moeda já começou em alta os primeiros negócios, provocada por aversão ao risco após dados fracos da balança comercial da China, que sinalizaram que a economia deve ter um crescimento menor do que o esperado por analistas. As moedas de países emergentes foram as mais castigadas. As exportações do país tiveram queda anual de 15% em março, contrariando expectativa de aumento de 10%, enquanto as importações caíram 12,7%, mais do que a queda prevista de 12,0%. Com isso, o superávit comercial encolheu para US$ 3,08 bilhões no mês passado, de US$ 60,6 bilhões em fevereiro. Ainda pela manhã, o dólar chegou a desacelerar a alta ante o real e até operar pontualmente em queda, para logo voltar a subir.
À tarde, o movimento ganhou força e a moeda renovou as máximas ante o real, com movimentos técnicos relacionados à cobertura de posições antes da agenda pesada de indicadores na semana. Amanhã à noite, por exemplo, sai uma bateria de dados da China, entre eles o PIB do primeiro trimestre e a produção industrial de março.