Economia

Juros curtos sobem após Tombini reafirmar convergência de inflação à meta

As taxas de juros futuros de prazo mais curto mudaram de direção na tarde desta terça-feira, 14, e terminaram em leve alta, reagindo à declarações do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, que reafirmou a convergência da inflação para a meta em 2016. No vértice mais longo, os juros fecharam em baixa, puxados pelo recuo de quase 2% do dólar.

As taxas de juros futuras abriram a sessão em queda, influenciadas pelo recuo do dólar e pelos dados das vendas no varejo no Brasil. No conceito restrito, as vendas no comércio varejista recuaram 0,1%, na margem, abaixo da mediana das estimativas (+0,15%). As vendas no conceito ampliado cederam 1,1%, contudo, acima da mediana (-1,30%).

Ao longo da tarde, as declarações de Tombini sobre a meta de inflação durante um evento em São Paulo levaram as taxas de juros curtas a inverterem o sinal negativo e as longas a reduzirem a queda. A autoridade reiterou que o fortalecimento da política fiscal, “por meio de um processo consistente e crível de consolidação de receitas e despesas, rigorosamente conduzido”, facilita, ao longo do tempo, a convergência da inflação para o centro da meta.

Segundo Tombini, “há compromisso firme da política monetária com a convergência da inflação para dezembro de 2016”. Ainda segundo ele, a política monetária “foi, está e continuará vigilante”. Na avaliação de profissionais consultados pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, os comentários sinalizam que a instituição pode manter o ritmo de alta de 0,50 ponto porcentual da taxa Selic na próxima reunião prevista para este mês.

No término do pregão regular na BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em julho de 2015 tinha taxa de 13,017%, ante 13,005% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2016 indicava 13,27%, igual à véspera. O contrato com vencimento em janeiro de 2017 projetava 12,96%, de 13,07% e o DI para janeiro de 2021, 12,42%, ante 12,58% no ajuste anterior. No fim da sessão, o dólar caiu 1,86%, aos R$ 3,0620, interrompendo 3 sessões de alta.

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