O dólar fechou em queda nesta terça-feira, 14, alinhado ao recuo ante outras divisas no exterior. A moeda acelerou o declínio na segunda parte da sessão com comentários do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, e um movimento de zeragem de posições no mercado futuro.
No fim da sessão, o dólar caiu 1,86%, aos R$ 3,0620, interrompendo 3 sessões de alta. O volume de negócios totalizou US$ 912 milhões. No mercado futuro, o dólar para maio recuava 1,93%, a R$ 3,0780, perto das 16h30.
A queda generalizada do dólar no exterior refletiu os dados das vendas no varejo dos EUA, que ficaram abaixo do esperado. As vendas subiram 0,9% entre fevereiro e março, menos que a elevação de 1,1% estimada pelos economistas.
Também foram divulgados, hoje, os números das vendas no varejo do Brasil, que não fizeram preço no câmbio, contudo. No conceito restrito, as vendas no comércio varejista recuaram 0,1%, na margem, abaixo da mediana das estimativas (+0,15%). As vendas no conceito ampliado cederam 1,1%, contudo, acima da mediana (-1,30%).
Ao longo da tarde, o dólar acelerou a queda em relação ao real e bateu mínimas, na medida em que os investidores avaliavam comentários de Tombini, durante evento em São Paulo. A autoridade reiterou que o fortalecimento da política fiscal “por meio de um processo consistente e crível de consolidação de receitas e despesas, rigorosamente conduzido” facilita, ao longo do tempo, a convergência da inflação para o centro da meta. Segundo Tombini, “há compromisso firme da política monetária com a convergência da inflação para dezembro de 2016”. Ainda segundo ele, a política monetária “foi, está e continuará vigilante”.
Na avaliação de profissionais consultados pelo Broadcast, os comentários sinalizam que a instituição pode manter o ritmo de alta de 0,50 ponto porcentual da taxa Selic. Uma taxa de juros mais elevada tende a provocar queda do dólar, na medida em que os investidores entram no País em busca de retornos mais elevados, visto que o rendimento dos títulos dos EUA continuam baixos.