O recuo do dólar ante o real nesta sexta-feira, 14, contribuiu para a queda das taxas dos contratos futuros de juros pela manhã, mas à tarde elas se reaproximaram dos ajustes, com investidores se preparando para as manifestações do fim de semana. Mais do que os atos em si, os investidores estarão atentos a possíveis repercussões nos negócios na próxima semana.
Pela manhã, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, reforçou durante seminário a ideia de que a manutenção da Selic (a taxa básica de juros) nos atuais patamares deve levar a inflação para a meta no fim do ano que vem. Ele afirmou ainda que o Brasil enfrentou desafios, sobretudo com mecanismos de “defesas para o enfrentamento de situações de maior volatilidade”.
Tombini destacou ainda o “significativo volume de reservas internacionais e o uso de instrumentos derivativos, como os swaps cambiais, que têm contribuído para promover a estabilidade financeira no Brasil”.
À tarde, os juros intermediários e longos reduziram as perdas e, depois, passaram a mostrar leve viés positivo. Profissional ouvido pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, afirmou que houve zeragem de algumas posições antes do fim de semana, em meio à cautela com as manifestações.
No fim da sessão regular, o DI para janeiro de 2016 marcava 14,245%, ante 14,250% de ontem. O contrato para janeiro de 2017 apontava 13,88%, de 13,93% no ajuste de ontem, e o contrato para janeiro de 2021 marcava 13,45%, de 13,44% de ontem.