A Bovespa emplacou nesta sexta-feira, 14, a quarta sessão consecutiva de perdas no Brasil, encerrando abaixo dos 48 mil pontos. Investidores – principalmente estrangeiros – deram continuidade ao movimento mais recente de venda de ações brasileiras, adotando uma postura mais cautelosa antes do fim de semana, quando ocorrem as manifestações contra o governo Dilma Rousseff.
O Ibovespa cedeu 1,04% e encerrou na mínima de 47.508,40 pontos. Este é o menor patamar desde 30 de janeiro deste ano. Em quatro dias, acumulou perdas de 3,74% e, na semana, recuo de 2,20%. Na máxima de hoje, a bolsa marcou 48.186 pontos (+0,37%). O giro financeiro foi contido hoje, somando apenas R$ 5,492 bilhões.
“O cenário geral está mais tranquilo hoje, com os juros futuros voltando e o dólar caindo. No caso da bolsa, o que falta é apetite ao risco. Existe certa cautela em relação às passeatas do fim de semana”, comentou durante a tarde profissional da área de renda variável ouvido pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. “Vamos ver como será a adesão nessas manifestações para avaliar o cenário”, acrescentou.
Mais do que os atos em si, a preocupação é de que o risco político pode piorar no início da semana que vem. Na dúvida, muitos investidores preferiram vender papéis de companhias brasileiras, reduzindo a exposição na renda variável. Estrangeiros atuaram na ponta de venda.
Entre as blue chips, destaque para os recuos de Petrobras e Vale: o papel ON da estatal cedeu 2,17% e o PN teve baixa de 2,21%, enquanto a ação ON da mineradora caiu 1,52% e a PNA teve perda de 1,92%.
Em Nova York, porém, o viés dos principais índices era de alta durante a tarde, o que ajudou a evitar perdas maiores da Bovespa. O índice Dow Jones subiu 0,40%, aos 17.477,40 pontos, o S&P 500 avançou 0,39%, aos 2.091,54 pontos, e o Nasdaq teve alta de 0,29%, aos 5.048,24 pontos.