O presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, reforçou em entrevista ao Wall Street Journal que age de maneira independente no comando da estatal e que a empresa não pretende vender participação nos campos de petróleo do pré-sal.
Bendine alegou que a sua administração tem independência para definir os preços dos combustíveis de acordo com o mercado e pode barrar nomeações políticas para cargos-chave. “Hoje não há a menor possibilidade de que haja qualquer tipo de interferência do governo aqui”, afirmou.
Apesar do forte tom de independência, Bendine evitou expressar opiniões contrárias às da presidente Dilma Rousseff, que bancou a sua nomeação.
Ele afirmou que a Petrobras não planeja vender nenhuma participação nos campos de petróleo do pré-sal, embora tenha reconhecido que o interesse dos compradores seria elevado.
Bendine também concorda na manutenção das regras existentes que requerem que a Petrobras tenha uma participação mínima de 30% nos leilões do pré-sal. “Se por um lado você tem a obrigação de investimento, por outro lado você ganha reservas”, disse Bendine. “De modo que, para a empresa, isso é muito bom.”
Ele também afastou qualquer ideia de venda de campos cuja exploração já está madura, onde “a relação custo-benefício não é tão boa”, bem como de ativos de refino e usinas termelétricas. Fonte: Dow Jones Newswires