Economia

Rússia diz que não cortará produção de petróleo para apoiar os preços

A Rússia não reduzirá sua produção de petróleo a fim de apoiar os preços, ainda que a produção possa recuar se os preços permanecerem fracos por um período prolongado, disse o vice-premiê Arkady Dvorkovich, de acordo com agências de notícias russas.

A posição russa está em foco nas últimas semanas, com a nova queda nos preços do petróleo, que afeta a economia do país e de membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), como a Venezuela. A Rússia tem repetido que não tem planos para reduzir a produção da commodity para apoiar os preços, mas um assessor do Kremlin disse na segunda-feira que o presidente Vladimir Putin iria discutir “possíveis passos mútuos” para estabilizar o preço global durante uma reunião na quinta-feira com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, sem explicitar que passos seriam esses.

Dvorkovich disse que a Rússia, um dos grandes produtores globais ao lado da Arábia Saudita, está preparada para discutir medidas para estabilizar os preços com a Opep, mas descartou novamente qualquer corte na produção. “Se a queda no preço durar muito tempo, então talvez haverá uma queda. Mas não são esperadas grandes baixas”, disse ele segundo a agência Interfax.

O vice-premiê disse que a produção nos campos de petróleo da Rússia não pode ser facilmente interrompida ou reiniciada, como em muitos países da Opep. “Por essa razão, o processo pode apenas se desenvolver de maneira natural. Não pode haver qualquer decisão artificial”, afirmou ele segundo a agência Tass.

A Venezuela tem pedido uma reunião emergencial na Opep, em coordenação com a Rússia, para elaborar uma estratégia para recompor os preços. A queda da commodity levou a economia russa à recessão e desvalorizou o rublo em quase 50% ante o dólar no último ano. Mas a moeda mais fraca protege o orçamento federal, onde o petróleo e o gás representam quase 50% da receita, compensando em parte o fato de o país receber menos dólares por cada barril de petróleo. Fonte: Dow Jones Newswires.

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