Economia

Bovespa fecha em queda de 2,46% com China e cenário interno

A combinação entre más notícias do cenário interno e externo levou a Bovespa a fechar em queda de 2,46% nesta terça-feira, 1, aos 45.477,06 pontos. Foi o terceiro pregão consecutivo de baixa, período no qual o Índice Bovespa já perdeu 4,69%.

Os mercados de ações de todo o mundo registraram perdas depois que a Caixin Media e a Markit Economics informaram que o índice de atividade dos gerentes de compras do setor industrial (PMI) da China baixou para 47,3 em agosto, ante 47,8 em julho, atingindo o menor patamar em seis anos. Números abaixo de 50 indicam retração da atividade, o que explica o temor dos reflexos negativos do enfraquecimento da segunda maior economia do mundo.

As ações da Petrobras caíram 6,31% (ON) e 6,53% (ON), diretamente influenciadas pelo petróleo, que fechou em queda de 8,48% nos contratos do Brent para outubro.

Já o cenário interno foi determinante para mais um tombo das ações do setor financeiro, o mais sensível aos temores de rebaixamento da classificação de risco do País. Ainda repercutindo a previsão de um déficit primário de R$ 30,5 bilhões em 2016, papéis como Itaú Unibanco PN (-2,34%), Bradesco PN (-2,86%) e Banco do Brasil ON (-2,58%) também foram destaque na ponta negativa.

Um dia após a notícia do déficit, a agência de classificação de rating Fitch fez alertas sobre a piora das condições do País nos últimos meses. A agência destacou que as revisões da meta fiscal colocam a tendência do primário bem abaixo do considerado no cenário base, além de refletirem as dificuldades da consolidação fiscal. O banco Morgan Stanley, por sua vez, afirmou em relatório que prevê a perda do investment grade do Brasil nos próximos 12 meses. Já o JPMorgan prevê um rebaixamento até o final de 2016.

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