Economia

Dólar sobe com produção industrial, mas emprego privado nos EUA alivia pressão

O dólar volta a operar em alta em meio à forte queda da produção industrial brasileira em julho na margem e na comparação anual e a insegurança sobre o cenário fiscal e político doméstico. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, alertou, na Câmara dos Deputados na terça-feira, 1, que “se não colocarmos a casa em ordem, o dólar vai disparar”. A valorização generalizada da moeda americana no exterior mais cedo influenciou também os primeiros negócios.

Porém, o dólar perdeu força pontualmente lá fora, após a decepção dos investidores globais com os números sobre criação de emprego no setor privado nos Estados Unidos em agosto, de 190 mil vagas, abaixo da previsão (200 mil novos postos de trabalho). O número da ADP/MA é considerado um indicador sobre a tendência do relatório mensal sobre o mercado de trabalho do governo dos EUA (payroll), que engloba também dados do setor público e será divulgado na sexta-feira, 4.

Há pouco, no entanto, a moeda americana voltou a se fortalecer ante o euro e o iene, reagindo à alta de 3,3% da produtividade da mão de obra no segundo trimestre nos Estados Unidos, acima das previsões (+3,0%)

No câmbio, às 9h29, o dólar à vista estava na mínima, a R$ 3,7010 (+0,27%), após atingir máxima de R$ 3,7370 (+1,25%). O dólar futuro para outubro avançava 0,20%, a R$ 3,7430, após registrar mínima a R$ 3,7365 (+0,07%) e máxima, a R$ 3,7725 (+1,03%).

A queda de 1,5% na produção industrial brasileira em julho ante junho é a maior, considerando todos os meses, desde dezembro de 2014, quando caiu 1,8% em relação a novembro do mesmo ano, informou o IBGE. Considerando apenas os meses de julho, o desempenho é o pior desde 2013, quando a queda na margem foi de 3,6%. No confronto de julho contra igual mês do ano passado, a indústria registrou queda de 8,9%, a 17ª retração consecutiva e a maior para o mês desde 2009, quando caiu 10,0%, segundo o órgão.

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