A nova etapa da Operação Lava Jato, que teve como um dos alvos o ex-presidente Lula, abriu espaço nesta sexta-feira, 4, para uma forte queda do dólar ante o real, a quinta consecutiva. A avaliação nas mesas era de que, com o cerco se fechando em torno de Lula, subiram as chances de a presidente Dilma Rousseff sair da Presidência, via impeachment. O dólar à vista cedeu 1,12%, aos R$ 3,7675, na menor cotação desde 9 de dezembro do ano passado. Em cinco dias, o dólar despencou 5,82%. No mercado futuro, que encerra apenas às 18h15, o dólar para abril caía há pouco 1,10%, aos R$ 3,7850.
Pela manhã, a Polícia Federal disparou a 24ª etapa da Operação Lava Jato, que determinou a condução coercitiva de Lula para depoimento. O objetivo era investigar a compra e a reforma de um sítio em Atibaia frequentado pelo petista e de um tríplex no Guarujá, além da relação desses episódios com empreiteiras investigadas na Lava Jato.
Para o mercado financeiro, a investigação de Lula é mais um fator de enfraquecimento para o governo Dilma, elevando as chances de impeachment. Ontem, trechos de Delação do senador Delcídio Amaral já haviam causado certa euforia no mercado.
Hoje, no melhor momento da sessão, às 10h38, o dólar à vista marcou a mínima de R$ 3,6580 (-3,99%). À tarde, a pressão arrefeceu um pouco e o dólar chegou a ser cotado em R$ 3,7753 (-0,92%) às 16h42, na máxima do dia. Depois, terminou nos R$ 3,7675.