Economia

Vendas no varejo encolhem 2,2% em fevereiro, diz Mastercard

As vendas no comércio varejista brasileiro recuaram 2,2% em fevereiro e a queda menos intensa que nos meses anteriores contribuiu para o abrandamento da retração registrada no trimestre. Segundo, Kamalesh Rao, responsável pela pesquisa Speeding Pulse, nem a melhora da confiança do consumidor foi suficiente para “trazer mais vida ao varejo”. “O ligeiro aumento na taxa de inadimplência e a redução do crédito, combinados à alta no endividamento das famílias, apontam para uma fraqueza contínua dos gastos dos consumidores”, afirmou.

De acordo com o relatório, entre dezembro e fevereiro, o declínio do varejo ficou em 7,6%, ante contração de 8,9% no quarto trimestre de 2015. Segundo a empresa, “parte relativa da reação de fevereiro deveu-se ao efeito calendário em fevereiro: um dia extra devido ao ano bissexto”. O efeito calendário é apontado também como um dos responsáveis pela alta de 7,0% no e-commerce no segundo mês do ano na comparação com igual período de 2015. A MasterCard estima que, em março, o e-commerce deve registrar um crescimento nas vendas devido ao Dia do Consumidor.

Dos sete setores considerados na pesquisa, quatro tiveram desempenho acima do índice cheio em fevereiro: Artigos farmacêuticos, materiais de construção, supermercados e bens pessoais. Por outro lado, os segmentos de móveis e eletrônicos, roupas e combustíveis ficaram abaixo da média geral.

Na divisão geográfica houve queda em todas as regiões em dezembro. A retração mais acentuada foi registrada no Centro-Oeste (-6,5%), seguido por Norte (-5,4%) Sul (-4,1%). As regiões Nordeste e Sudeste tiveram recuos menos intenso, de 1,2% e 1,3%, respectivamente.

Metodologia

O SpendingPulse é um indicador macroeconômico que informa sobre gastos no varejo nacional e o desempenho do consumo. O relatório é baseado nas atividades de vendas na rede de pagamentos MasterCard, juntamente com as estimativas para todas as outras formas de pagamento, incluindo dinheiro e cheque. O relatório, bem como as previsões de tendências de gastos, não refletem ou se relacionam com o desempenho operacional e financeiro da MasterCard.

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