Depois de passar praticamente a sessão inteira no zero a zero, a Bovespa fechou em queda e abaixo dos 49 mil pontos nesta segunda-feira, 14. O principal indicador da bolsa brasileira encerrou o pregão com um recuo de 1,55%, aos 48.867,33 pontos. Apesar do sinal negativo, o Ibovespa ainda acumula uma alta de 14,19% no mês e espaço, portanto, para realização de lucros de investidores com posição comprada.
O Ibovespa firmou-se em queda na última hora de pregão, ao mesmo tempo que o dólar bateu máximas ante o real. O movimento ocorreu logo depois de circular pelas mesas de operação a notícia de que a presidente Dilma Rousseff estaria apenas esperando por um telefonema de Lula para nomeá-lo ministro.
Além disso, perto das 16 horas fontes ouvidas pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, informaram que, com o aval de Dilma, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidiu articular a votação de uma proposta que reduziria os poderes de ela governar. Seria o “semiparlamentarismo”, que permitiria à petista se manter no cargo sem ser afastada definitivamente pelo impeachment. O primeiro-ministro seria o vice-presidente Michel Temer. No geral, o mercado não recebeu bem a possibilidade.
As maiores baixas na carteira Ibovespa nesta segunda-feira foram de Petrobras PN (-8,53%), Usiminas PNA (-8,42%) e Rumo ON (-8,15%). As maiores altas foram de Braskem PNA (+6,23%), Fibria ON (+6,19%) e Suzano PNA (+5,02%).
O petróleo, que fechou em queda tanto na Nymex (-3,42%), em Nova York, quanto na ICE (-2,13%), em Londres, gerou pressão baixista sobre os papéis da Petrobras ao longo de toda a sessão. Assim como a PN, a ON da petroleira encerrou o pregão em queda de 5,45%.
Assim como a Petrobras, as ações da Vale refletiram a pressão negativa vinda da desvalorização de commodity. No dia em que o minério de ferro recuou 1,1% no mercado chinês, para US$ 55,5 a tonelada seca, a ON da Vale fechou em queda de 3,10% e a PNA recuou 4,42%.