A correção das “pedaladas fiscais” fez com que os repasses de recursos do Tesouro Nacional ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) saltassem 813% entre janeiro e agosto deste ano e igual período do ano passado, atingindo R$ 4 bilhões neste ano. Nos oito primeiros meses de 2014, o Tesouro tinha repassado ao FGTS a título de “complementação” apenas R$ 439,4 milhões.
No ano passado, o governo usou do expediente das pedaladas para melhorar artificialmente as contas públicas. Os gastos feitos com recursos do FGTS, como o programa Minha Casa, Minha Vida e outras políticas, não eram pagos pelo Tesouro ao fundo. Desde janeiro deste ano, o Tesouro passou a pagar em dia essa “complementação ao FGTS”, o que fez o resultado “explodir”.
Da mesma forma, o pagamento de subsídios e subvenções econômicas apresentaram um crescimento de 196,1% de janeiro a agosto. Estas despesas tinham sido também represadas pela equipe econômica anterior.
Com a correção da inflação, o pagamento dessas despesas somam R$ 20,074 bilhões – R$ 13,29 bilhões a mais do que em 2014. Em agosto, o pagamento foi de R$ 1,4 bilhão, com alta de 126,5% em relação ao mesmo mês do ano passado.
INSS
O rombo da previdência apresentou um crescimento real 21% entre janeiro e agosto de 2015 ante o mesmo período 2014. O resultado poderia ser pior se o governo não tivesse alterado as datas para pagamento de uma das parcelas do 13º salário dos aposentados e caso o INSS não estivesse em greve. A Previdência apresentou contas negativas de R$ 44,564 bilhões no acumulado do ano. Já para o mês de agosto, a Previdência contribuiu negativamente em R$ 5,153 bilhões para o resultado.