Economia

Dólar cai 1,11% sob influência de fatores internos e externos

O recuo do dólar ante o real nesta quarta-feira, 6, foi justificado por uma série de fatores, tanto internos quanto externos. Um movimento de realização dos lucros recentes, um fluxo de entrada de recursos no País no período da manhã, a alta do petróleo no exterior e a expectativa de que o impeachment possa voltar a ganhar força eram citados nas mesas. O resultado foi uma queda de 1,11% da moeda americana à vista, aos R$ 3,6404.

No início do dia, o dólar até chegou a subir ante o real, dando continuidade ao movimento de segunda e terça-feira, quando as incertezas políticas fizeram os investidores reduzirem as apostas no impeachment da presidente Dilma Rousseff. Às 9h19, o dólar à vista marcou a máxima de R$ 3,7093 (+0,76%).

Depois disso, porém, a moeda americana começou a perder força. Profissionais ouvidos pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, citaram um fluxo de entrada de recursos no País, que favoreceu a queda das cotações. Além disso, alguns players aproveitaram para realizar os lucros mais recentes, vendendo moeda.

No exterior, pela manhã o dólar mostrava ganhos ante várias divisas, mas, à medida que o petróleo foi ampliando os ganhos tanto em Londres quanto em Nova York, a moeda americana começou a perder força. Havia ainda muita expectativa para a divulgação da ata do último encontro do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), marcada para as 15 horas.

Quando o documento saiu, a reação no câmbio acabou sendo pontual no Brasil – assim como no exterior. No documento, os dirigentes do Fed expressaram “várias divisões” sobre ajustes nos juros na próxima reunião, marcada para abril. Ao mesmo tempo, vários deles acreditam que uma elevação nos juros em abril é “um sinal de urgência impróprio” e que uma abordagem cautelosa para a taxa seria “prudente”.

No Brasil, o dólar renovou mínimas mais para o fim da tarde, mas o movimento teve pouco a ver com o Fed. Foi mais uma continuação da venda de moeda vista mais cedo. Às 16h05, o dólar à vista marcou a mínima de R$ 3,6394 (-1,14%). Depois, encerrou nos R$ 3,6404.

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