Após atingirem o maior patamar da série histórica em agosto (169,87 pontos), o Índice de Commodities do Banco Central (IC-Br) registrou uma forte alta de 9,94% em setembro ante o mês anterior, atingindo um novo recorde, de 186,75 pontos. O BC começou a compilar os dados em janeiro de 1998. A elevação reflete não apenas a alta dos preços de todos os segmentos de commodities, mas também a valorização de 9,39% do dólar apenas no mês passado.
Em janeiro, o indicador estava em 141,76 pontos e subiu para 148,81 no mês seguinte. Em março, atingiu 160,54 e, em abril, recuou para 157,11. Em maio, voltou a subir para 158,30 e em junho ficou praticamente estável (158,28 pontos). Em julho, houve alta, para 162,67 pontos.
A alta na margem que se viu em setembro foi puxada por produtos agropecuários, do segmento de metal e de energia. Ao longo de todo o ano passado, o indicador subiu 5,47%. No trimestre de julho a setembro deste ano, o índice registra alta de 17,99% e, em 12 meses, de 33,56%. No acumulado do ano, há uma elevação de 24,96%.
Para efeitos de comparação, o BC também divulga em seu documento que o indicador internacional de commodities, o CRB, subiu 10,43% na comparação mensal, e segue em alta de 20,01% na trimestral. Em 12 meses, mantém-se no terreno positivo (41,55%), assim como no acumulado do ano (34,59%).
O grupo energia teve avanço de 12,20%, na comparação mensal. Esse grupo tem alta de 7,78% nos três meses encerrados em setembro e de 17,83% no acumulado do ano. Em 12 meses, ainda registra recuo de 2,03%. Neste segmento, estão inclusos preços de gás natural, carvão e petróleo.
No caso dos preço de metais – alumínio, minério de ferro, cobre, estanho, zinco, chumbo e níquel -, o aumento em setembro foi de 11,60% na margem, enquanto no trimestre houve uma elevação de 15,66%. Em 12 meses, a alta é de 27,20% e, no acumulado do ano, de 19,93%.
Ainda sobre o mês passado, itens agropecuários, como carne de boi, óleo de soja, trigo, açúcar, milho, café, arroz e carne de porco, entre outros, subiram 9,15% em setembro ante agosto. No trimestre, há uma alta de 20,02%. No acumulado de 12 meses, o grupo tem elevação de 42,64% e, no ano, o indicador está positivo em 27,17%.