Em carta aberta aos funcionários e terceirizados da Petrobras, a Federação Única dos Petroleiros (FUP), que reúne a maior parte dos sindicatos de trabalhadores da estatal, criticou a companhia por não aceitar negociar a redução dos investimentos previstos no Plano de Negócios e Gestão (PNG) 2015-2019.
“O atual PNG implica em desemprego, em perda de direitos e em precarização das condições de trabalho, aumentando significativamente os riscos de acidentes, adoecimentos, mutilações e mortes. São nossas vidas, portanto, que estão em jogo”, diz um trecho da carta, divulgada nesta quarta-feira, 7.
Segundo a FUP, os sindicalistas vêm apresentando alternativas à revisão do PNG 2015-2019 desde junho, mas a Petrobras se nega a dialogar. As reivindicações foram sintetizadas num documento intitulado “Pauta pelo Brasil”, após serem apresentadas ao conselho de administração da estatal pelo representante dos trabalhadores no colegiado, Deyvid Bacelar. O documento foi formalmente apresentado à empresa em julho.
“Em mais de uma ocasião, desde então, prestamos esclarecimentos sobre as nossas reivindicações, sem que a Petrobrás manifestasse a mais tênue vontade de negociar”, diz a carta.
A FUP ainda acusa a Petrobrás de tentar “forçar os trabalhadores a negociar o Acordo Coletivo de Trabalho, como se fosse possível ignorarmos as restrições de direitos, mudanças de regime punitivas e demais autoritarismos realizados pela empresa para impor” o plano de negócios.