Economia

Governo analisa possível alta do imposto de importação do aço, diz MDIC

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, afirmou nesta quarta, 18, que a possibilidade de alta do Imposto de Importação (II) para produtos siderúrgicos está em “análise” no governo por recomendação da presidente Dilma Rousseff. Monteiro traçou um cenário pessimista se o Brasil não adotar medida de proteção para a indústria nacional, como está sendo feito em outros países. Na sua avaliação, as condições para o setor no Brasil podem se agravar “mais e mais”.

“Esse assunto está em pauta há dias no governo”, afirmou o ministro, após participar de uma reunião com o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, e dirigentes da Confederação Nacional da Indústria. (CNI).

“Não temos decisão tomada sobre esse tema. O que nós sabemos é que o setor siderúrgico vive um momento muito difícil no mundo e que há um surto de medidas protecionistas e defesa comercial em todos os mercados siderúrgicos”, argumentou. Entre as ações protecionistas que vêm sendo adotadas pelos países, ele citou imposição de medidas de direitos compensatório, salvaguardas e antidumping.

“Ora, se o mundo faz isso e o Brasil não faz nada, esse excedente vem para o Brasil”, alertou. “Precisa se construir uma medida de maneira equilibrada e adequada”, acrescentou. Monteiro destacou que o aço é insumo básico na economia e que afeta outras cadeias produtivas que dependem do produto. “Não é uma medida simples”, ponderou. Ele disse que é favorável que o governo olhe o problema com a “visão” de que o mundo inteiro está adotando as medidas. “Como a medida será calibrada não há decisão ainda”, insistiu.

Segundo ele, “seguramente” a decisão será feita com avaliação do ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Monteiro disse, no entanto, que não conhece a posição do ministro Levy.

Para o ministro do Desenvolvimento, essa não é uma solução para todos os problemas. Ele ressaltou que a importação de laminados está caindo no Brasil pela contração do mercado e pelo efeito do cambio, mas representa ainda entre 15% e 18% do mercado.

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