Economia

Índice de Expansão do Comércio tem 1ª alta em 12 meses, afirma FecomercioSP

A intenção de contratações do varejo de São Paulo impulsionou o resultado de novembro do Índice de Expansão do Comércio (IEC), que subiu 3,2% ante outubro para 68,9 pontos. A alta, no entanto, não representa uma inversão da tendência de queda apresentada nos últimos 12 meses, avalia a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), responsável pela pesquisa. “A prova disso é de que, na comparação com novembro do ano passado, o IEC registrou recuo de 35,6% e o subíndice de Expectativa para Contratação de Funcionários, queda de 35,5%”, diz a instituição, em nota.

A FecomercioSP pondera que o avanço de 5,9% do índice de expectativas para contratações na passagem de outubro para novembro é menor que o registrado em anos anteriores e reflete o pagamento do 13º salário e as compras de Natal, que garantem um fluxo maior de consumidores nas lojas, mesmo com o mau momento da economia. “Portanto, a alta do indicador em novembro, após dez meses de queda e estabilidade em outubro, não pode ser interpretada como uma retomada, mas sim como simples resposta sazonal dos empresários”, ressalta a federação.

De acordo com a FecomercioSP, a onda de pessimismo no setor ainda não passou, já que 65,2% ainda pretendem reduzir o quadro de funcionários nos próximos meses.

Já o segundo componente do IEC, que mede o nível de investimento das empresas, recuou 0,2% entre em novembro na comparação com outubro. O resultado reforça, de acordo com a pesquisa, que o ciclo negativo do comércio ainda não chegou ao fim e que não se vislumbra nenhuma recuperação.

Além disso, 76% dos cerca de 600 empresários paulistanos entrevistados estão investindo menos. Segundo a FecomercioSP, o nível de investimentos é um indicador antecedente que pode mostrar uma eventual retomada do consumo e, portanto, apontar o final do período de deterioração econômica.

Pelos resultados de novembro, “o IEC aponta que há apenas um incentivo momentâneo às contratações temporárias, mas nenhuma indicação de que isso venha a resultar em algo mais consistente e gere efetivamente aumento da propensão a investimentos”, comenta a FecomercioSP.

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