A China anunciou nesta quarta-feira, 10, que inseriu com sucesso sua sonda Tianwen-1 na órbita de Marte. Essa é a primeira sonda do programa espacial chinês que espera pousar um pequeno robô no planeta vermelho.
"A sonda foi inserida com sucesso na órbita de Marte", disse a agência Xinhua. Tianwen-1, cujo nome significa "questões celestiais" em referência a um poema chinês clássico, foi lançado em 23 de julho de 2020 no centro de Wenchang, na ilha sul de Hainan.
A sonda ligou seus motores de frenagem às 8h52min de Brasília e uma vez em órbita – cuja distância mais curta de Marte é de cerca de 400 quilômetros – levará dez dias terrestres para completar uma volta na elipse.
A nave, que deve pousar em maio próximo na planície de Utopia, no hemisfério norte do planeta, carrega um veículo espacial que pretende explorá-la por três meses.
É a primeira missão da China a Marte para transportar um satélite orbital, um ônibus espacial para pousar em sua superfície e um veículo para explorá-lo.
Se for bem-sucedido, o gigante asiático se tornará o terceiro país a fazê-lo, décadas depois que os Estados Unidos e a então União Soviética o fizeram. Mas será o primeiro que conseguirá viajar até Marte, entrar na sua órbita e explorá-lo numa única missão, cujo custo está estimado em cerca de 8 bilhões de dólares (6,5 bilhões de euros).
Após entrar em órbita, as equipes da espaçonave, incluindo câmeras e analisadores de partículas, começarão a tirar fotografias e a fazer levantamentos de Marte, bem como os preparativos para escolher o melhor local de pouso.
A sonda Tianwen-1 viajou 475 milhões de quilômetros no céu por 202 dias e realizou quatro correções orbitais e uma manobra no espaço profundo. Quando entrou na órbita marciana, estava a 192 milhões de quilômetros da Terra.
Pequim divulgou um ambicioso programa de lançamento que, na parte dos voos tripulados, tem como primeiro objetivo instalar uma estação espacial em 2022 e posteriormente enviar seres humanos à Lua. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)