O dólar abriu em queda firme ante o real nesta terça-feira, 12, em um movimento de correção após terminar a sessão da segunda-feira, 11, a R$ 4,0581, o maior nível desde 29 de setembro do ano passado. Mesmo assim, a exemplo do que tem ocorrido nos últimos dias o giro de negócios deve ser bastante fraco e operadores não descartam que o dólar passe a oscilar mais livremente depois da formação da taxa Ptax. Além disso, os recentes picos da moeda têm atraído exportadores.
Às 9h30, o dólar à vista no balcão perdia 0,59%, a R$ 4,0341. O dólar para fevereiro recuava 0,59%, a R$ 4,0340. No exterior, a moeda norte-americana tinha uma tendência um pouco mais firme em relação a divisas emergentes e de países exportadores de commodities, em meio às preocupação com a China e o petróleo, que ronda os níveis mais baixos desde o fim de 2003. O dólar subia 0,10% ante o dólar australiano, avançava 0,03% em relação ao dólar canadense e perdia 0,38% na comparação com o peso mexicano.
Os níveis de preços iniciais do dólar atraíram fluxo cambial positivo no mercado à vista, segundo operadores. Também induziram um movimento de redução parcial de posições cambiais compradas no mercado futuro.
O órgão de planejamento econômico da China disse nesta terça que o crescimento do PIB em 2015 deve ficar em cerca de 7%, em linha com a meta do governo. Além disso, o banco central chinês (PBOC) anunciou que mais bancos centrais estrangeiros vão poder negociar no mercado de câmbio onshore da China.
O PBOC também orientou para baixa a taxa de paridade do yuan com o dólar, mas a moeda acabou fechando em alta. No mercado acionário, o índice Xangai Composto teve leve alta de 0,2% nesta terça, muito pouco para compensar o tombo de 5,3% na véspera.
Já no mercado doméstico, o governo discute a criação de linhas de crédito em bancos públicos para financiamento de capital de giro de empresas exportadoras. A medida foi uma das debatidas nas reuniões da presidente Dilma Rousseff na segunda com ministros da área econômica.
De acordo com fontes do governo, foram debatidas ainda outras ações para aquecer a economia, como financiamento de pequenas e médias empresas e do setor da construção civil. A expectativa é anunciar as ações até o fim do mês. O governo deverá aproveitar os recursos repassados aos bancos públicos para o pagamento das pedaladas fiscais para financiar as medidas.