Em uma nova sessão de busca por segurança, o dólar subiu nesta quinta-feira, 11, ante o real pelo terceiro dia útil seguido. As preocupações em torno da economia global e a nova queda do petróleo no exterior justificaram as compras da moeda americana. O dólar à vista subiu 1,43%, aos R$ 3,9889, na máxima do dia, acumulando +2,27% em três dias úteis. No mercado futuro, que hoje passa a fechar às 18h15, o dólar para março tinha ganho de 1,39% no fim da tarde, aos R$ 4,0090.
Desde cedo, investidores em todo o mundo demonstravam maior apetite pela moeda americana, reverberando algumas declarações de ontem da presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Janet Yellen. Em depoimento na Câmara, ela havia demonstrado preocupação com “fatos econômicos no exterior” que “representam riscos para o crescimento dos EUA”.
Para piorar, o petróleo emplacou hoje a terceira sessão consecutiva de perdas em Nova York e chegou a ser cotado abaixo dos US$ 26 o barril. Em Londres, o preço do Brent também recuava. O resultado foi uma forte tendência de baixa para as moedas de países exportadores de commodities, como o real, com o dólar sendo favorecido na outra ponta.
Pouco depois da abertura no Brasil, o dólar à vista foi cotado aos R$ 3,9393 (+0,17%). Com o desenrolar da manhã, a moeda foi se fortalecendo até renovar máximas no início da tarde, bem em sintonia com o que era visto lá fora. Na reta final, houve novo movimento de compras e o dólar terminou o dia na máxima de R$ 3,9889.
Entre as notícias locais, destaque para o fluxo cambial da primeira semana de fevereiro, divulgado pelo Banco Central. O País registrou saída líquida de US$ 1,022 bilhão, resultado de envios de US$ 1,405 bilhão pela conta financeira e entradas de US$ 383 milhões pela comercial. O fluxo total de 2016 está positivo em US$ 453 milhões. Já o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) informou que a balança comercial foi superavitária em US$ 1,162 bilhão na primeira semana de fevereiro, com exportações de US$ 3,604 bilhões e importações de US$ 2,442 bilhões. No ano, há saldo acumulado de US$ 2,084 bilhões.