Poucos países conseguiriam fazer operação deste tamanho, diz presidente da Caixa

O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães reforçou nesta terça-feira, 7, que o pagamento do auxílio emergencial não teria vazão se não fosse usada muita tecnologia. "Só nesta primeira semana, devemos atingir 80% da base (elegível ao auxílio). Acho que somente a China e a Índia teriam condições de fazer uma operação desse tamanho, poucos países conseguiriam", completou.

O governo espera distribuir R$ 98 bilhões em auxílios emergenciais, em três parcelas de R$ 600.

Os pagamentos serão feitos a três grupos: os beneficiários do Bolsa Família; os inscritos no Cadastro Único do governo federal; e trabalhadores informais, autônomos e microempreendedores individuais (MEIs) que devem se cadastrar junto à Caixa.

O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, reafirmou que o governo fez um acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) para que o auxílio não possa ser usado para cobrir débitos em aberto dos beneficiários. "Mesmo quem está com cheque especial no negativo não terá abatimento", garantiu.

O secretário-executivo do Ministério da Cidadania, Antônio Barreto, avaliou que a covid-19 pode ser um problema, mas disse que a economia pode ser um problema ainda maior. "O ciclo de 90 dias é tempo razoável para controle da pandemia. Na economia, cada localidade vai reagir de uma determinada maneira. Nós resolvemos atuar nos dois eixos. Queremos garantir que as pessoas se alimentem durante essa travessia", afirmou.

Barreto disse que muitos do corpo técnico "têm dormido pouco", trabalhando com medidas porque entendem a necessidade dos cidadãos.

Segundo ele, o ministério ainda vai publicar uma portaria ainda nesta terça para detalhar o processo de pagamento do auxílio emergencial pela Caixa Econômica Federal. "O dinheiro já está à disposição do Ministério da Cidadania para ser enviado à Caixa tão logo tenhamos o primeiro arquivo de elegíveis inequívocos", completou.

<b>Mensagem de alerta</b>

O vice-presidente de rede de varejo da Caixa, Paulo Henrique Angelo, esclareceu que nenhuma dívida bancária em aberto poderá ser abatida do valor do auxílio emergencial que será pago pelo governo federal. Ele lembrou que a vedação ao débito automático de valores do auxílio emergencial foi um acordo do governo com a Febraban.

"Colocamos mensagem de alerta para eventual desconto de débitos do auxílio antes, mas essa mensagem será retirada do sistema ainda hoje à noite", garantiu Angelo.

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