O presidente da República, Jair Bolsonaro, iniciou nesta terça-feira, 21, seu discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que ocorre em Nova York, nos Estados Unidos, prometendo que iria mostrar um Brasil diferente do publicado em jornais e transmitido pela TV. “O Brasil mudou, e muito, depois que assumimos governo”, afirmou, acrescentando que, desde então, não há nenhum caso de corrupção no País. Tradicionalmente, o Brasil é o responsável pelo pronunciamento de abertura do evento.
Bolsonaro disse que, quando assumiu o Poder, o Brasil estava “à beira do socialismo”. Ele já havia feito essa afirmação durante sua primeira participação nesse evento há dois anos.
Comentou também que as estatais davam prejuízo e hoje, sob sua administração, passaram a ser companhias lucrativas.
O brasileiro é o único entre os chefes dos países do grupo das 20 maiores economias do mundo (G-20) a recusar publicamente a imunização, um dos principais tópicos do encontro. A posição do presidente vai na direção oposta à estratégia do Itamaraty de vender uma agenda positiva no evento e melhorar a imagem do País no exterior. Por não estar vacinado, Bolsonaro ficou com circulação restrita em Nova York, já que a cidade exige imunização para uma série de atividades – a própria ONU orientou que as delegações estivessem imunizadas ao desembarcar nos EUA.
Bolsonaro está acompanhado pelos ministros Carlos Alberto França (Relações Exteriores), Marcelo Queiroga (Saúde), Joaquim Leite (Meio Ambiente), Augusto Heleno (GSI), Luiz Eduardo Ramos (Segov), Anderson Torres (Justiça) e Gilson Machado (Turismo). O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, e a primeira-dama, Michelle, também viajaram a Nova York. A comitiva é composta ainda pelo presidente da Caixa, Pedro Guimarães, e pelo secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência, Flávio Rocha.
O voo de volta para Brasília está marcado para as 21 horas (EUA), 22 horas de Brasília.