A CPI da Covid iniciou na manhã desta quarta-feira, 22, a reunião em que será ouvido o diretor-executivo da operadora de saúde Prevent Senior, Pedro Benedito Batista Júnior. A empresa entrou na mira da CPI por uma suposta pressão para que os médicos conveniados à operadora prescrevessem medicamentos do chamado tratamento precoce para a covid-19, sem eficácia comprovada.
A Prevent Senior anunciou, em março do ano passado, que faria o estudo para testar a eficácia da hidroxicloroquina associada ao antibiótico azitromicina contra a covid-19.
A pesquisa foi suspensa logo em seguida, em 20 de abril, pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep).
O órgão descobriu que os testes com pacientes haviam começado antes de a operadora receber o aval para a realização da pesquisa, o que é proibido no País.
Um grupo de 15 médicos que diz ter trabalhado na Prevent Senior encaminhou para a CPI um dossiê no qual informam que integrantes do chamado "gabinete paralelo" do governo de Jair Bolsonaro usaram a operadora de saúde como uma espécie de laboratório para comprovar a tese de que o chamado kit covid (hidroxicloroquina e azitromicina) era eficiente contra a doença e revelaram que pacientes não foram informados do tratamento experimental.