A zona do euro deve entrar em recessão técnica no primeiro trimestre deste ano, com contração no Produto Interno Bruto (PIB) de 0,9% ante os três meses anteriores, após retração de 0,7% no período de outubro a dezembro de 2020. Os números constam no relatório atualizado de projeções da Comissão Europeia, o braço executivo da União Europeia, divulgado nesta quinta-feira.
Com o desempenho negativo no início do ano, em meio às restrições à mobilidade causadas pela segunda onda de casos de coronavírus, o documento cortou a previsão de crescimento do PIB do bloco em 2021, de 4,2% para 3,8%. No entanto, para 2020, a estimativa subiu de expansão de 3% para alta de 3,8%.
"À medida que um número crescente de pessoas forem vacinadas nos próximos meses, uma flexibilização das medidas de contenção deve permitir um fortalecimento da recuperação durante a primavera e o verão (no Hemisfério Norte)", explicou o comissário europeu para economia, Paolo Gentiloni.
A UE espera que a retração apurada entre janeiro e março seja revertida ao longo do ano, com crescimento de 1,2% no segundo trimestre, 3% no terceiro e 1% no quarto. Em 2020, a expectativa é de que o PIB confirme queda de 6,8%. A atividade econômica europeia só está prevista para recuperar os níveis pré-pandemia em meados de 2022.
Em relação à inflação, a Comissão elevou a projeção para o índice de preços ao consumidor em 2021, de 1,1% a 1,4%. Já a de 2022 foi mantido em 1,3%.