O aumento nos preços dos combustíveis pressionou o gasto das famílias com transportes em janeiro, segundo a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15). Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 23, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A gasolina, que já tinha subido 1,49% em dezembro, teve uma alta de 2,64% em janeiro. O item deu a segunda maior contribuição individual para a inflação do mês, o equivalente a 0,11 ponto porcentual, que ficou atrás apenas da contribuição de 0,15 ponto porcentual gerada pela alta de 4,83% (ante avanço de 17,71% em dezembro) das carnes no período.
Todas as regiões pesquisadas apresentaram elevação de preços, que foram desde uma alta de 0,58% em Belém até um avanço de 4,60% em Fortaleza.
Em janeiro, o etanol subiu 4,98%, enquanto o óleo diesel aumentou 1,47%.
Como consequência, as famílias gastaram 0,92% a mais com Transportes em janeiro, um impacto de 0,17 ponto porcentual para o IPCA-15. Também pesaram mais o ônibus urbano, com alta de 0,30%, puxada pelos reajustes de tarifas em Brasília e São Paulo.
Em São Paulo, houve também reajustes nas passagens de trem e metrô. Na média nacional, o trem subiu 0,61%, enquanto o metrô aumentou 0,69% em janeiro.
O táxi ficou 0,28% mais caro, em função do reajuste médio de 2,20% nas tarifas praticadas no Rio de Janeiro desde 2 de janeiro. As passagens dos ônibus interestaduais subiram 2,91%.
Por outro lado, as passagens aéreas recuaram 6,45% em janeiro, depois de os preços terem aumentado 15,63% em dezembro. As tarifas aéreas contribuíram com menos 0,03 ponto porcentual para a taxa de 0,71% do IPCA-15 de janeiro.