Movimentos negros do País encabeçaram manifestações neste sábado, 20, contra o racismo. Em São Paulo, manifestantes se reuniram na 18ª edição da Marcha da Consciência Negra. Entre as pautas levantadas, o governo foi alvo de críticas das pessoas que acompanhavam as intervenções na Avenida Paulista. Um dos motes dos protestos foi intitulado "Fora Bolsonaro racista".
A pauta econômica, que envolve a fome e o desemprego, foi um dos pontos levados pelos manifestantes com cartazes e faixas, assim como a defesa da vida no contexto de pandemia de coronavírus e a favor da democracia.
Lideranças políticas de partidos como o PT, Psol e PCdoB, além de centrais sindicais marcaram presença nos atos na capital paulista e no Rio. Houve registro de ações em Salvador, Fortaleza, Porto Alegre, entre outras capitais e cidades do Brasil e do exterior, como em Londres.
A data foi instituída por meio da lei 12.519, de 2011, como marco de luta do povo negro, para conscientizar a resistência ao longo da história. Faz homenagem a um dos símbolos do enfrentamento à escravidão: Zumbi dos Palmares. Morto em 20 de novembro de 1695, foi o responsável pela criação do Quilombo dos Palmares, que abrigou centenas de pessoas que foram escravizadas.
No Rio, o monumento em homenagem ao líder negro reuniu centenas de pessoas, com apresentações artísticas e celebração de religiões de matrizes africanas.