A chama olímpica foi exibida nesta segunda-feira em Tóquio, no Museu Olímpico do Japão, a uma curta caminhada do novo Estádio Nacional, onde deveria estar acesa há cerca de um mês. A tocha, que agora terá um período de exposição no local, chegou ao país, vinda da Grécia, em março, em Fukushima, onde se iniciaria o seu revezamento, mas não era vista desde então, pois os Jogos foram adiados para 2021 por causa da pandemia da covid-19.
Nesta segunda, então, a chama foi revelada em uma pequena cerimônia com as presenças de Yoshiro Mori, o presidente do Comitê Organizador da Olimpíada de Tóquio, e Yasuhiro Yamashita, o presidente do Comitê Olímpico do Japão.
"Nesta situação durante a covid-19, acho que atletas visando os Jogos Olímpicos e Paralímpicos estão treinando duro a cada dia, com grande ansiedade. Eu estou convencido de que a tocha exibida hoje apoiará os corações os atletas", disse Yamashita. "Espero que esta chama seja transmitida por cerca de 10 mil carregadores da tocha no próximo ano, e a pira seja acesa para tornar o evento um grande sucesso", acrescentou Mori.
A chama ficará no novo Museu Olímpico do Japão pelo menos nos próximos dois meses. E a sua apresentação se deu poucos dias após o primeiro-ministro japonês Shinzo Abe anunciar sua decisão de renunciar ao cargo.
Abe foi uma estrela da cerimônia de encerramento da Olimpíada do Rio, em 2016, ao desfilar diante do público, no Maracanã, como o personagem "Super Mario", do jogo de videogames da Nintendo, além de estar na primeira fila em 2013 em Buenos Aires quando o então presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI) Jacques Rogge abriu um envelope para anunciar Tóquio como o anfitrião dos Jogos de 2020.
A exibição da chama nesta segunda se deu em um momento de indefinição sobre a realização dos Jogos. O COI e os organizadores locais asseguram que o evento ocorrerá, mas até agora não disseram como isso pode acontecer. Há questionamentos sobre quarentenas, presença do público e a logística para levar 15.400 atletas olímpicos e parlímpicos com segurança a Tóquio, além de treinadores, dirigentes e a imprensa, com o controle do surto do coronavírus em estágios bem diferentes nos países e territórios dos 206 comitês olímpicos nacionais.