Pelosi chama Biden de presidente eleito e pede pressa em aprovação de estímulo

A presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, chamou nesta sexta-feira, 6, o candidato democrata à presidência, Joe Biden, de "presidente eleito", durante entrevista coletiva. Pelosi disse inicialmente que, "muito em breve", Biden passará de "ex-vice-presidente a presidente eleito", para em seguida se referir a ele como já como "presidente eleito".

Além disso, ela insistiu em uma negociação bipartidária para apoiar mais estímulos fiscais, com foco no combate à covid-19, no apoio à geração de empregos e em retomar as aulas para as crianças americanas.

Pelosi disse estar bastante feliz com a vitória de Biden, por qualificá-lo como alguém capaz de unificar as pessoas. Em meio a uma apuração apertada e ainda não decidida em alguns Estados, ela destacou o fato de que o colega de partido recebeu o maior número de votos para presidente da história do pais, por isso disse que Biden terá um "mandato forte" para governar, prevendo ainda que o apoio dele no Congresso também será forte.

Ela afirmou que espera que o Senado também fique sob comando dos democratas, como a Câmara, mas lembrou que só será possível saber isso em janeiro, quando haverá algumas disputas em segundo turno.

Em sua fala, Pelosi pediu calma, paciência e confiança na apuração, afirmou que o direito ao voto "é sagrado em nosso país" e insistiu na necessidade de se contar esses votos, o que segundo ela é uma das "fundações de nossa democracia".

Trump tem agido na Justiça norte-americana para tentar interromper a contagem em alguns Estados, alegando fraudes, até agora sem sucesso. A presidente da Câmara acusou o presidente de "tentar destruir a credibilidade das eleições, algo que criticamos no exterior".

Pelosi ainda ressaltou a necessidade de se aprovar "uma grande lei para apoiar os empregos", cobrando foco em saúde, empregos e educação. "Espero que a Casa Branca venha à mesa de negociações", disse.

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