Estadão

Hungria propõe retirar proposta de embargo a petróleo russo da agenda da UE

Esforços da União Europeia (UE) para impor um embargo ao petróleo russo se depararam com um novo obstáculo nesta quarta-feira (25) após autoridades húngaras declararem que não vão apoiar o plano em sua forma atual e recomendarem retirar o assunto da agenda da reunião de cúpula de líderes da UE marcada para a próxima semana.

A UE vem tentando garantir um consenso entre seus 27 países-membros para suspender as compras de petróleo da Rússia até o fim de 2022, de forma a bloquear uma importante fonte de renda para o financiamento da guerra de Moscou na Ucrânia.

Embora alguns países das regiões central e leste da Europa tenham inicialmente manifestado reservas em relação ao embargo, a Hungria é a nação que tem falado mais abertamente contra o embargo, que faz parte de um sexto pacote de sanções contra a Rússia proposto pela UE.

Em coletiva de imprensa na capital húngara, Budapeste, o ministro de Relações Exteriores Peter Szijjarto disse nesta quarta-feira que a Hungria não votará a favor do embargo "enquanto a proposta tornar o fornecimento de energia (do país) impossível".

Szijjarto culpou a Comissão Europeia, braço executivo da UE, por apresentar o plano sem garantir a segurança energética da Hungria, que importa 85% de seu gás natural e mais de 60% do petróleo da Rússia.

O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, que é considerado o aliado da UE mais próximo do presidente russo, Vladimir Putin, argumenta que um embargo seria uma "bomba atômica" para a economia húngara.

Na segunda-feira (23), Orbán encaminhou carta ao presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, para solicitar que a proposta de embargo seja removida da agenda da reunião de cúpula da UE, que terá início no dia 30 de maio. Fonte: Associated Press.

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