A Toyota acertou acordo que prevê pagamentos que partem de 35 salários fixos aos trabalhadores da fábrica de São Bernardo do Campo (SP), em processo de fechamento, que não quiserem se transferir a outras unidades da montadora no interior de São Paulo.
Para cada ano de casa, o funcionário terá direito a um salário adicional. Assim, por exemplo, um trabalhador com dez anos na empresa poderá receber 45 salários (35 salários mais um salário adicional a cada ano trabalhado), além das verbas rescisórias.
Aprovadas nesta sexta-feira pelos operários da Toyota em assembleia, as condições estão previstas no programa de demissão voluntária, o chamado PDV, a ser aberto na semana que vem aos funcionários da fábrica no ABC paulista, cujo desligamento está previsto até novembro do ano que vem.
Conforme informações do sindicato dos metalúrgicos do ABC, os trabalhadores que deixarem a empresa terão também assegurados 12 meses de assistência médica, assim como cursos profissionalizantes do Senai e Senac.
Já aos funcionários que aceitarem a oferta de transferência para as fábricas de Sorocaba, Indaiatuba ou Porto Feliz, a Toyota oferece dois salários nominais, já no ato da transferência, mais 2,4 salários pela mudança de endereço, além de bônus de transferência de R$ 15 mil e estabilidade de emprego até novembro de 2026.
A Toyota, que emprega cerca de 550 pessoas em São Bernardo do Campo, anunciou em abril o fechamento da unidade, onde são produzidas peças que abastecem outras fábricas da montadora no Brasil e na Argentina. Com isso, após o fechamento, os produtos feitos atualmente no local passarão a ser produzidos nas operações do interior de São Paulo.
A companhia informou na época do anuncio que o objetivo é aumentar a sinergia entre suas operações no Brasil para melhorar a competitividade.