Os mercados acionários de Nova York tiveram sessão volátil, com abertura negativa e oscilando entre ganhos e perdas nas primeiras horas do pregão. Mais adiante, houve ganho de fôlego, com investidores avaliando indicadores e potenciais ajustes nas apostas sobre a política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).
O índice Dow Jones fechou em alta de 1,05%, em 31.097,26 pontos, o S&P avançou 1,06%, a 3.825,33 pontos, e o Nasdaq, 0,90%, a 11.127,85. Na comparação semanal, o Dow Jones recuou 1,28%, o S&P 500 teve baixa de 2,21% e o Nasdaq caiu 4,13%.
As bolsas oscilavam, mas perderam fôlego após o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) dos EUA medido pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês) recuar mais que o esperado em junho, a 53,0. Mais adiante, houve melhora no quadro.
As perspectivas para a política monetária estiveram no radar, com alguns analistas afirmando que o Fed pode ter de elevar menos os juros adiante, diante da perda de fôlego na atividade econômica, embora a questão não seja consensual.
Nos setores do S&P 500, houve ganhos generalizados, com consumo discricionário, energia, concessionárias e papéis do setor imobiliário entre as maiores altas. Entre ações em foco, General Motors subiu 1,35%, mesmo após ter emitido um alerta de que seu lucro deve ser menor no segundo trimestre, com problemas na cadeia de suprimentos.
Já entre outros papéis importantes, Apple avançou 1,62%, Amazon ganhou 3,15% e Alphabet teve perda de 0,21%. Meta recuou 0,76%, Chevron avançou 1,19% e ExxonMobil teve ganho de 2,23%, enquanto Boeing fechou em alta de 2,28%.
Apesar dos ganhos desta sexta-feira, a Capital Economics projeta mais fraqueza para as ações americanas ao longo do segundo semestre.
Para a consultoria, o Fed terá de subir os juros mais que o hoje esperado pelo mercado e não terá pressa em relaxar a política monetária mais adiante. Ela projeta que o S&P 500 encerre este ano em 3.600 pontos e termine 2023 em 3.200 pontos.