O candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta sexta-feira, 19 estar certo de que vai ganhar as eleições presidenciais. Após reunião de campanha em São Paulo, ressaltou ainda a liderança de seu candidato a governador paulista, Fernando Haddad (PT), nas pesquisas de intenção de voto.
"É a mais importante perspectiva do PT ganhar eleições em São Paulo, já que o Alckmin derrubou a gente quatro vezes. Então, vamos buscar ele para nosso lado para a gente poder ganhar", declarou, aos risos, lembrando dos tempos em que seu candidato a vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), era adversário político.
Na avaliação de Lula, ele deve ganhar as eleições porque há "pouca perspectiva de mudança de voto". "O voto já está consolidado. As pessoas estão decidindo com muita antecedência em quem votar", afirmou o ex-presidente, minimizando os recentes avanços do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) nas pesquisas de intenção de voto.
"Eu sinceramente não vi avanço do Bolsonaro na campanha. Eu vi a manutenção da nossa campanha muito à frente do Bolsonaro. Eu vi um crescimento que está dentro da margem de erro, que pode cair na próxima pesquisa, na próxima semana. O que eu acho é que estamos com campanha consolidada junto à sociedade brasileira", afirmou Lula a jornalistas. "Eu estou convencido de que vou ganhar as eleições. Alckmin e eu somos a candidatura preferida. Queremos ganhar eleições o mais rapidamente possível", acrescentou, em nova ofensiva por voto útil no primeiro turno. De acordo com Lula, Alckmin agora vai se dedicar mais a agendas em São Paulo, seu reduto político.
<b>Estoque regulador de alimentos</b>
Após reunião de campanha em São Paulo, o candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou ser preciso recuperar a capacidade de estoque regulador de alimentos no País para frear a disparada de preços.
"É preciso ajudar pequeno e médio produtor rural brasileiro produzir cada vez mais, para que tenha oferta de alimentos. É preciso que o governo recupere a capacidade de estoque regulador para não permitir que a falta de alimentos possa aumentar o preço", afirmou o petista. "A gente fazia isso quando existia a Conab. A Conab funcionava no nosso governo como uma espécie de órgão regulador de alimentação, a gente estocava arroz, feijão, milho", seguiu, firme na estratégia de trazer à tona políticas de seus governos para a campanha deste ano.