Estadão

Chile volta a ser ouvido pela Fifa em tentativa de substituir Equador na Copa

A Federação Chilena de Futebol voltou a ser ouvida pela Fifa, nesta quinta-feira, ao apresentar seu recurso para provar que o Equador utilizou o lateral-direito Byron Castillo irregularmente nas Eliminatórias da Copa do Mundo. O objetivo dos chilenos, a dois meses do início do mundial, é ficar com a vaga da seleção equatoriana, que fará o jogo de abertura no dia 20 de novembro contra os anfitriões do Catar.

De acordo com a agência de notícias Associated Press, um veredicto é esperado até o início da próxima semana, mas este não deve ser o ponto final do caso. Isso porque os dois lados do processo podem recorrer, em seguida, à Corte Arbitral do Esporte, que precisaria convocar uma audiência urgente em sua sede em Lausanne, na Suíça.

O Chile defende a tese de que Byron Castillo não tem nacionalidade equatoriana, por isso não poderia ter jogado as oito partidas que jogou nas Eliminatórias. De acordo com a argumentação chilena, o atleta é nascido na Colômbia e adulterou documentos para alterar a nacionalidade e até a idade.

Uma reportagem do jornal britânico Daily Mail, publicada nesta semana, apresentou um áudio de Castillo reconhecendo ser colombiano, tendo nascido em 1995, na Colômbia, e não em 1998 em General Villamil, no Equador, como consta em seu passaporte.

O processo contra a Federação Equatoriana de Futebol havia sido encerrado em abril deste ano, após a Fifa determinar o processo como inconclusivo, por não ter provas e documentos suficientes para comprovar a nacionalidade colombiana do atleta. A Federação Chilena, contudo, recorreu ao Comitê de Apelação da Fifa e conseguiu dar sequência ao julgamento.

Apesar do assunto ter vindo à tona em abril deste ano, após a Federação Chilena de Futebol ter protocolado uma reclamação formal à Fifa, a nacionalidade de Castillo é assunto debatido desde 2015, quando uma transferência para o Emelec acabou não se concretizando por causa de irregularidades na documentação. Na época, o lateral-direito defendia o Norte América, também do Equador.

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