O Ministério da Infraestrutura apontou "entraves técnicos" e a troca de titulares no Ministério da Saúde como motivos para o atraso na inauguração do hospital de campanha em Águas Lindas de Goiás. A unidade, pronta desde o final de abril, só receberá pacientes de covid-19 a partir desta sexta-feira (5).
A obra foi inaugurada pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), na manhã desta sexta-feira, 5. O governo federal foi responsável pela construção e a administração estadual ficará com a operação do hospital. A gestão de Caiado afirma que o atraso ocorreu porque a União só transferiu a estrutura para Goiás na semana passada.
O Ministério da Infraestrutura, responsável pela montagem do hospital, informou ao <b>Broadcast Político</b> (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) que a obra foi finalizada dentro do prazo apresentado pela pasta, no dia 22 de abril. "Este prazo foi previsto para a entrega da obra de infraestrutura, e não para sua operação. O processo sofreu alteração no prazo com entraves técnicos e com a mudança na nova equipe do gabinete do Ministério da Saúde", informa a nota.
Desde que o hospital começou a ser construído, dois ministros da Saúde deixaram o governo após divergências com o presidente Jair Bolsonaro: Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich. Mandetta esteve com Bolsonaro visitando a obra no dia 11 de abril.
O repasse da estrutura para o governo de Goiás foi feito pelo Ministério da Saúde, "e a data de funcionamento ficou a cargo do Estado", relatou o Ministério da Infraestrutura. Procurado pela reportagem, o Ministério da Saúde ainda não se manifestou.