Estadão

Bolsas de NY fecham em alta, com techs em destaque em meio à expectativa por Fed

Os mercados acionários de Nova York fecharam nesta segunda-feira, 23, em alta, com ações do setor de tecnologia impulsionadas por notícias sobre planos de redução de custos. Com o início do período de silêncio de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), investidores operaram sob expectativa por uma desaceleração no ritmo de aperto monetário na semana que vem.

No ajuste de fechamento, o índice Dow Jones subiu 0,76%, aos 33.629,56 pontos, o S&P 500 avançou 1,19%, aos 4.019,81 pontos e o Nasdaq fechou em alta de 2,01%, aos 11.364,41 pontos.

O grande destaque desta segunda-feira foi o setor de tecnologia, com a Microsoft em alta de quase 1%, com a notícia de um investimento multibilionário na criadora do ChatGPT. Já o Spotify subiu mais de 2%, com a informação de que a empresa irá demitir 6% de sua força de trabalho, seguindo a tendência de outras empresas de tecnologia.

A ação da Salesforce, por sua vez, subiu mais de 3%, com o mercado reagindo à notícia de que o fundo ativista Elliott Investment Management adquiriu um pedaço da companhia. Descontada, Tesla saltou 7,74%.

Investidores também se mantiveram atentos às expectativas da próxima alta de juros por parte do Federal Reserve. No meio da tarde, o CME Group indicava que as chances de uma alta de 25 pontos-base (pb) estavam em 99,9%, o que indicaria uma redução do ritmo de altas em relação à última decisão monetária, em dezembro. A desaceleração ainda seria benéfica para as empresas, visto que as companhias utilizam das taxas para o seu financiamento.

Mais cedo, a secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, disse à <i>Reuters</i> que a desaceleração da inflação e a força do mercado de trabalho nos EUA são "sinais muito promissores". Ambos os indicadores também são usados pelo Fed na decisão de juros.

Apesar da indicação de Yellen de um mercado de trabalho ainda forte, pesquisa elaborada pela Associação Nacional de Economia Empresarial (Nabe, na sigla em inglês) afirma que o risco dos EUA passarem por uma contração na economia "continua elevado", o que, apesar de poder ser benéfico para a pressão dos preços, acarretaria em uma redução do consumo.

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