Estadão

Bolsas da Ásia fecham mistas, com tensões entre EUA e China e à espera de Powell

As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta terça-feira, 7, em meio a tensões geopolíticas entre EUA e China e à espera de falas do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell.

Na China continental, o índice Xangai Composto caiu 1,11%, a 3.285,10 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 2,02%, a 2.108,72 pontos, após o ministro de Relações Exteriores chinês, Qin Gang, criticar fortemente os EUA pela deterioração das relações bilaterais e apoio de Washington a Taiwan, em sua primeira coletiva de imprensa desde que assumiu o cargo. O mau humor chegou a Hong Kong, onde o Hang Seng encerrou o pregão em baixa de 0,33%, a 20.534,48 pontos.

Com a atenção voltada para a geopolítica, fico em segundo plano o fato de que as exportações chinesas sofreram queda anual menor do que se esperava no primeiro bimestre de 2023, de 6,8%.

Em outras partes da Ásia, o japonês Nikkei subiu 0,25% em Tóquio, a 28.309,16 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi ficou praticamente estável em Seul, com alta marginal de 0,03%, a 2.463,35 pontos, e o Taiex avançou 0,60% em Taiwan, a 15.857,89 pontos.

Investidores da região asiática e de outras partes do mundo estão na expectativa para um depoimento de Powell no Congresso americano. A expectativa é que, hoje e amanhã, o chefe do BC americano dê sinais do ritmo em que os juros básicos dos EUA continuarão subindo nos próximos meses.

Na Oceania, a bolsa de Sydney ficou no azul, após comentários do banco central da Austrália sinalizarem que a trajetória de alta dos juros no país pode estar se aproximando do fim. O S&P/ASX 200 avançou 0,49% nesta terça, a 7.364,70 pontos. O RBA, como é conhecido o BC australiano, elevou sua taxa básica em 25 pontos-base, a 3,60%, como se previa, mas disse também que a inflação doméstica pode ter atingido o pico. Com informações da Dow Jones Newswires.

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