O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta quarta-feira (10) que o Estado está em "alerta máximo" contra a covid-19. De acordo com o governador, para especialistas do Centro de Contigência da Covid-19 existem várias causas para esse "desastre". Entre eles, a ausência do governo federal, com a falta de uma coordenação nacional no combate ao vírus, a insistência em recomendações de tratamentos "inócuos", a demora na compra de vacinas, equívoco em ter apostado em uma única vacina, as medidas que criou para dificultar a viabilização da vacina do Butantan, bem como, a falta de apoio ao uso de máscaras e distanciamento social.
Para Doria, o governo federal não fez a sua parte. "Estamos chorando recordes sucessivos de brasileiros mortos", afirmou. Ao comentar sobre a situação de São Paulo, o governador afirmou que "é duro, é difícil, é desgastante, é impopular, mas nós continuaremos a fazer tudo aquilo que é necessário para proteger vidas". Nesta quarta-feira, o governador anunciou a abertura de 338 novos leitos para pacientes da covid-19, dos quais 167 são de UTI.
<b>Idosos</b>
João Doria anunciou que o Estado começará a vacinação de idosos com mais de 72 anos a partir do dia 22 de março. A partir da próxima segunda-feira (15) tem início a vacinação de pessoas com 75 e 76 anos. O governador voltou a reforçar os pedidos para que não haja aglomeração de pessoas nos pontos de aplicação e reforçou a recomendação para que seja feito o pré-agendamento pela plataforma do Estado (disponível em vacinaja.sp.gov.br).
Segundo o "vacinômetro", 3.533.316 doses já foram aplicadas até as 13h15 desta quarta. Ao todo, 2.586.890 primeiras doses foram aplicadas e 946.426 segundas doses.