A companhia Azul Linhas Aéreas anunciou o cancelamento de voos diretos do Rio de Janeiro para 7 cidades em reação contrária à decisão do presidente Lula de limitar voos no aeroporto Santos Dumont. A medida, tomada pelo governo federal e apoiada por parlamentares cariocas, afeta diretamente o município de Guarulhos e pode fazer com que a cidade perca até 5 mil empregos, além de R$ 500 milhões em receita e R$ 10 milhões em arrecadações.
Em vez de transferir seus voos para o Aeroporto Internacional Galeão Tom Jobim, a Azul preferiu suspender parte de suas atividades no Rio de Janeiro para pressionar Lula a desistir da política de fortalecer a cidade como hub de aviação internacional.
Dessa forma, a partir de 1º de outubro a empresa deixará de oferecer voos para Brasília (DF), Campos de Goytacazes (RJ), Florianópolis (SC), Maceió (AL), Porto Seguro (BA) e Vitória (ES); a partir de 29 de outubro, deixará de voar direto para Goiânia (GO).
As reduções têm a ver com a limitação da capacidade do terminal central do Rio a um fluxo de 10 milhões de passageiros ao ano, determinada pela Secretária de Aviação Civil (SAC), do governo federal.
Como efeito da nova portaria de Lula, que entrará em vigor em 2024, o Aeroporto de Guarulhos perderá passageiros domésticos e internacionais, além de carga aérea. As projeções indicam que empresas domésticas serão ainda mais prejudicadas, pois devem se tornar menos atrativas para o mercado.
O prefeito de Guarulhos, Guti, criou um abaixo-assinado no último dia 15 contra essa decisão, que está disponível em bit.ly/restricaodevoosnao e pede apenas nome e email para a assinatura. Além da mobilização popular, a Prefeitura de Guarulhos estuda medidas judiciais para reverter a decisão presidencial.
Foto: Luis Neves
