Segundo dados da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), o aeroporto de Congonhas passou a concentrar as principais rotas domésticas do mercado aéreo brasileiro que antes pertenciam, sobretudo, a Guarulhos. A oferta mostra a volta do protagonismo de um terminal marcado por acidentes nas décadas de 1990 e 2000 e que também está na mira de queixas sobre o impacto ambiental e os congestionamentos recorrentes nos seus arredores.
Nos anos anteriores, Congonhas já ocupava uma posição de destaque devido à sua ligação com o Santos Dumont, o aeroporto mais movimentado do país. No entanto, em 2022, o aeroporto ganhou ainda mais relevância ao assumir a terceira e quinta posições no ranking das rotas mais frequentadas, que agora incluem Porto Alegre e Brasília.
Atualmente, uma tendência de expansão é notável, visto que Congonhas conquistou os quatro principais trechos domésticos em termos de volume de passageiros durante os primeiros sete meses deste ano, com destaque para a rota Congonhas-Confins (MG). Esse domínio crescente do aeroporto da capital paulista coincide com sua recuperação após o impacto das medidas de restrição impostas devido à pandemia de coronavírus.
Embora tenha registrado uma queda mais acentuada no número de passageiros do que o Aeroporto de Guarulhos, Congonhas está gradualmente recuperando seu movimento, embora ainda permaneça abaixo dos níveis pré-pandemia observados em 2019.
Foto: Bruno Santos