A expectativa para taxa Selic no fim de 2023 foi mantida em 11,75% ao ano pela oitava semana consecutiva no Boletim Focus do Banco Central. A expectativa segue a sinalização mais recente do Comitê de Política Monetária (Copom) de que o ritmo de corte de 0,50 ponto porcentual é o mais apropriado para as próximas reuniões.
O colegiado só se reúne mais duas vezes este ano, em novembro e dezembro. Atualmente, após duas quedas, o juro básico da economia está em 12,75%.
Para o término de 2024, a mediana se manteve em 9,00%. Há um mês, a estimativa já era de 9,00%.
Considerando apenas as 64 respostas dos últimos cinco dias úteis, a mediana para o fim de 2023 também continuou em 11,75%. Para o fim de 2024, variou de 9,00% para 9,13%, com 64 atualizações na última semana.
No encontro de setembro, o Copom repetiu que antevê redução de 0,50 ponto porcentual da taxa Selic nas próximas reuniões e que seria o ritmo apropriado para "manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário".
Na entrevista coletiva de imprensa do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), o presidente do BC, Roberto Campos Neto, acrescentou que a "barra" para acelerar o passo de corte está ligeiramente mais alta, sobretudo com os novos riscos derivados do cenário externo.
Os membros do Copom ainda afirmaram ainda que, dado o momento de grandes incertezas, não há ganhos em adiantar o tamanho do ciclo de cortes, mas reforçaram que será o necessário para garantir a convergência da inflação à meta.
No Boletim Focus, as projeções para a Selic no fim de 2025 e de 2026 continuaram em 8,50%, mesma mediana de quatro semanas atrás.