O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou nesta segunda-feira, 2, que o governo tem perspectiva de continuidade dos números positivos do mercado de trabalho ao comentar a abertura líquida de 220.844 vagas de trabalho com carteira assinada em agosto no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Ele disse que a pasta trabalha com uma projeção conservadora de fechar 2023 com saldo de 2 milhões de empregos formais.
Marinho justificou que a perspectiva de avanço no saldo do emprego formal se justifica por "várias notícias positivas", como os aumentos na projeção do PIB, novos programas anunciados pelo governo e o impacto do novo salário mínimo e de acordos salariais que estão sendo fechados acima da inflação.
Com saldo acumulado de geração de 1,388 milhão de vagas em oito meses, o ministro disse que é possível esperar que o ano de 2023 encerre com um saldo de 2 milhões de empregos formais. Ele justificou que esse é um número conservador, e que leva em conta a sazonalidade de dezembro, quando geralmente há fechamento de postos de trabalho.
"O mercado de trabalho brasileiro vem reagindo a partir das medidas tomadas pelo governo, como a retomada de obras. Tem programas que vão impactar mais para o futuro", disse, reiterando a expectativa de encerrar o ano com saldo de 2 milhões de vagas.
Questionado sobre a posição a respeito do saque-aniversário do FGTS, Marinho voltou a afirmar que ele defende a extinção do mecanismo, mas que isso não está em discussão no momento, apenas a correção do que considera um equívoco feito pela gestão anterior ao criar a modalidade que permite saques anuais, mas veda acesso ao saldo em caso de demissão.