O Banco Central divulgou nesta sexta-feira, 20, o Questionário Pré-Copom (QPC) enviado a analistas de mercado antes da próxima reunião do Comitê de Política Monetária, nos dias 31 de outubro e 1º de novembro. No mês passado, o colegiado reduziu a Selic em 0,50 ponto porcentual pela segunda vez seguida, para 12,75%, e sinalizou cortes da mesma magnitude nos encontros seguintes.
O questionário começa pela tradicional pergunta sobre o que os analistas esperam das decisões do Copom nas próximas três reuniões (novembro, dezembro e janeiro), incluindo o que acham que o BC incluirá no comunicado e na ata também sobre os próximos passos da política monetária.
Para o cenário externo, seguem os pedidos por projeções sobre PIB e inflação de Estados Unidos, China e Área do Euro neste ano e no próximo.
Desta vez, porém, o BC incluiu uma pergunta específica sobre a projeção dos economistas para as taxas de juros norte-americanas de curto prazo e de 10 anos – em 2023, 2024, 2025 e no longo prazo. "Se não tiver uma projeção para essas variáveis, fique à vontade para preencher com uma expectativa que considere aproximadamente consistente com o restante de seu cenário macroeconômico", ressalta o documento.
O QPC mantém as perguntas sobre o cenário para inflação – desagregando por componentes livres e administrados – câmbio, Selic, barril de petróleo e um questionário abrangente sobre o PIB em 2023 e 2024. No curto prazo, pede projeções para o IPCA, serviços e médias de núcleos em outubro, novembro, dezembro e janeiro.
O BC repete as questões sobre os principais riscos para a inflação de 2023 e 2024, além das perguntas específicas sobre o impacto potencial do El Niño em ambos os anos.
O instituição também repete as perguntas sobre o resultado fiscal do governo neste e nos próximos anos, o cenário de longo prazo para a dívida pública até 2032 e uma estimativa para o potencial de arrecadação com as medidas enviadas ao Congresso.
Por fim, em substituição aos questionamentos sobre hiato do produto, balanço de pagamentos e mercado de crédito – que estavam no questionário de setembro – a autoridade monetária retoma as perguntas sobre o mercado de trabalho, tanto pela taxa de desemprego, quanto pelo rendimento dos empregados e o saldo do Caged acumulados em 2023 e 2024.