Em defesa da medicina do afeto, sem pressa

Com os profissionais da saúde na primeira linha do combate à covid-19, mais que nunca se tornou necessário discutir a saúde pública no Brasil e no mundo. Há muito que o médico de família foi substituído pelos especializados. Todo dia estamos vendo no noticiário o desespero de pacientes que não conseguem agendar consultas, e muitos são pacientes graves. A saúde pública foi atropelada pela pandemia.

É nesse quadro que um filme como Insubstituível, que a Globo apresenta na da Tarde desta terça, 17, às 14h45, consegue ficar ainda mais interessante do que já é. O tom é de comédia, Thomas Lilti é o diretor. Passa-se numa comunidade do interior da França. François Cluzet é o médico local. Satisfaz as necessidades da população. É bom ouvinte, receita com honestidade. Todos o amam.

Perfeito – exceto que o médico fica doente e surge essa nova doutora. Ele reage mal – sempre se achou insubstituível. Tradição, modernidade e até uma questão mais delicada. Se está doente grave, o doutor pode morrer? Está pronto para isso? São muitas questões que o filme aborda num relato humano, divertido. Marianne Denicourt é a médica. O filme defende uma medicina sem pressa, do afeto. Nas entrelinhas, coloca o tema da grande partida. A morte vira afirmação de vida.

As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>

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